O Budismo nasceu há 2500 anos na Índia. O seu fundador, o Buda histórico, nasceu príncipe na família dos Shakya. Aos 29 anos renunciou ao reino para procurar respostas aos problemas essenciais da humanidade.
Depois de seis anos de estudo junto de alguns Mestres e de meditação solitária na floresta, atingiu a Libertação ou Iluminação. Buda não é um deus nem um profeta. Buda é um estado que qualquer ser humano tem o potencial de alcançar.
Contrariamente a muitas outras religiões, o Budismo é não téista. Quer isto dizer que não contempla e existência de um Deus criador e se preocupa sobretudo em resolver os problemas humanos essenciais.
Os Budistas tibetanos designam-se a si próprios nangpa, "aqueles que procuram dentro de si". Na verdade o budismo é uma via de busca e aperfeiçoamento espiritual.
O seu carácter aberto e não dogmático leva cada vez mais pessoas a considerá-lo como uma filosofia, uma arte de vida e mesmo, segundo a opinião de muitos Mestres budistas contemporâneos, uma ciência do espírito.
Todos os seres procuram a felicidade. Essa busca rege todos os nossos actos e é a finalidade essencial da nossa vida. O objectivo do Budismo é permitir aos homens alcançar a serenidade e a paz mediante a transcendência do sofrimento. A finalidade é o Estado de Buda, um estado de total liberdade e serenidade.
O próprio Buda definiu o seu ensinamento nestes termos:
· não cometer acções negativas
· realizar acções positivas
· ter mestria sobre o espírito
Um dos princípios essenciais do Budismo é o princípio de não violência e de respeito por todas as formas de vida.
Conceitos como o de karma, ou lei da causalidade dos nossos actos, e o de renascimento, ou de uma continuidade da consciência numa sucessão de vidas, são também princípios fundamentais da sua filosofia.
Todos os métodos e técnicas budistas desenvolvidos ao longo dos últimos dois mil e quinhentos anos baseiam-se na combinação equilibrada de dois aspectos: a Sabedoria e a Compaixão.
A Sabedoria é a visão filosófica budista que fala da interdependência e da não existência de uma realidade intrínseca dos fenómenos.
A Compaixão é o desenvolvimento das qualidades de solidariedade, amor e não partidarismo do espírito humano, abrindo-nos para os outros e para nós mesmos.
O resultado é a experiência directa da natureza do mundo e do nosso espírito.
Qualquer pessoa que adira à filosofia budista de vida pode considerar-se simpatizante, podendo mesmo sentir-se budista "em espírito". Porém, a entrada na via budista passa-se no momento da cerimónia do Refúgio.
Trata-se de um pequeno ritual realizado por um Mestre budista, durante o qual o adepto toma alguns compromissos em relação a esta via.
Em primeiro lugar reconhece que o seu objectivo é atingir o Estado de Buda, para bem de todos os seres. Depois compromete-se a seguir o método do Dharma, os ensinamentos budistas. Por fim, compromete-se a ter como guias e companheiros nesta via espiritual o Sangha, ou seja, outros praticantes budistas.
O Buda, o Dharma e o Sangha são chamadas as "Três Jóias" e são os Objectos de Refúgio.
Três coisas a evitar
· Depois de se ter tomado Refúgio no Buda, não se deve tomar Refúgio em divindades mundanas.
· Depois de se ter tomado Refúgio no Dharma, não se deve ter actividades que façam mal aos seres.
· Depois de se ter tomado Refúgio no Sangha, não se deve acompanhar voluntariamente com pessoas cujas actividades sejam nefastas aos seres.
Três coisas a fazer:
· Depois de se ter tomado Refúgio no Buda, deve-se manifestar respeito às imagens que representam as Três Jóias, mesmo que estejam danificadas.
· Depois de se ter tomado Refúgio no Dharma, deve-se manifestar respeito aos textos sagrados.
· Depois de se ter tomado Refúgio no Sangha, deve-se manifestar respeito aos mestres, instrutores e praticantes budistas.
nota: Gostava de conseguir ser mais tolerante e não ter tantos pensamentos negativos sobre os outros... difícil missão mas não desisto!!!
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