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... aquilo que me vai pelo pensamento ...

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Amizade

Sempre foi um dos pilares da minha vida, da minha felicidade.
Sorte a minha que fiz muitas e boas amizades ao longo destes anos e nos diferentes locais que vivi e visitei.

Sinto eu que tenho os melhores amigos do mundo!
Aqueles com quem desabafo, que escuto...
Com quem grito nas alegrias e nas tristezas...
A quem anseio contar as boas novas...
A palavra certa para dar e receber...
O ouvir e falar apenas, sem julgar...
Alguém que quando necessita estamos perto,
Emprego, amores, família, qualquer problema.

E, antes de mais, o partilhar de momentos.

Assim como não acredito muito em relações à distância, dificilmente concebo amizades sem partilha de momentos, positivos ou negativos, mas que fortalecem o "algo em comum" em que se baseia a AMIZADE.
Não concordo que este sentimento seja mensurável por si só, mas facilmente concluo que as mais "fortes" amizades são as que representam maior partilha de momentos comuns, no espaço e no tempo.

Não existem amizades perdidas, mas sim amizades esquecidas!
Uma amiga dizer-me que não leva o namorado para junto das amigas "para não haver confusões" choca-me.... se tenho medo de partilhar os melhores momentos com as minhas amigas/os então não vale a pena – sim porque o amor são os melhores momentos, ou não fosse eu uma romântica incorrigível.
Uma amiga que se afasta simplesmente porque quer conhecer pessoas novas, que se sente feliz sem a nossa amizade, simplesmente será remetida ao esquecimento.
Não ter tempo para os amigos para mim simplesmente significa pouca vontade de partilhar momentos e então não há amizade... há o dever de, algo oposto à amizade! São amizades ténues, e essas tenho-as mas numa posição diferente dentro do meu mundo.
Eu mesma sei distinguir as que são muitas vezes o "meu dever de..." das demais.

No outro dia fui a um jantar de, supostamente amigos, em que alguns se dedicavam a sussurrar e a fazer questão de deitar para o ar as privates jokes em diálogos uni, duo ou ‘tridimensionais’ ... não suporto jantares destes, mas normalmente em vez de reagir com revolta, pago apenas na mesma moeda.
Foi o que fiz neste jantar e saída nocturna... e confesso que senti uma ponta de "missão cumprida, perceberam a mensagem".

Neste ultimo ano de grandes mudanças na minha vida, aprendi algo muito forte com a "saída" das minhas avós deste palco que é a vida!
Quem gosta de mim, gosta como eu sou, com ou sem namorado, gorda ou magra, rabugenta ou não, inteligente ou não!

Não receio mais os arrufos que tenho com as pessoas quando algo não me agrada, confronto, mas aprendi que a vida é muito curta para me preocupar em confrontar pela segunda vez, quando da primeira vez não obtive resultados.
Aprendi que, assumidamente, o meu melhor amigo é quem está comigo para partilhar a vida, os filhos, amizades e tudo o mais. Ele que gosta de mim incondicionalmente.
E, quem gosta de mim, gosta dele e onde vou quero que ele vá, sendo excepção e não a regra a não partilha desses momentos com o meu grande amor.
Agora percebo que apenas quem nunca o sentiu não o entende, assim como eu anteriormente não entendia... e apenas com a mudança de pensamento o Homem conseguiu evoluir, não receando duvidar do pensamento/ideias que ele mesmo teve num passado recente.
Não receio mais que me apontem como desleal aos meus princípios, eu mesma me julgava antes de todos os outros.
Feliz fico sabendo que os meus amigos partilham comigo momentos, um segundo, um dia, 1 mês, ..., partilham o bom e o mau do desenrolar da minha vida, e aqueles que não o merecem, numa primeira fase dói, corrói – quem disse que apenas por amor se magoa, se chora, mentiu – mas tal como todas as magoas passa, e são aqueles amigos que permanecem ao nosso lado que ganham, porque lhes damos mais valor!


Viva os meus amigos, e aqueles que esqueço façam-me apenas um favor SEJAM FELIZES!

A VIDA É BELA!

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