Li na revista HAPPY de Março e penso valer a pena ler (os que acham isto tudo lamechas ignorem...), não acredito em bruxas mas que as há, há....:
Num mundo de lapsos e enganos procuramos de forma errada a felicidade. Quem o diz é a ciência... Que alerta: há que lutar para ser felizQuando tentamos responder a todas estas questões, duas descobertas recentes da investigação neurológica adquirem importância central. Uma tem a ver com as partes do cérebro que produzem o bem-estar: temos conexões próprias para a alegria, o prazer e a euforia, ou seja, dispomos daquilo a que poderiamos chamar um sistema de felicidade. Tal como nascemos com a capacidade de falar, também estamos programadas para os sentimentos positivos.
A outra descoberta, ainda mais surpreendente, é a de que o cérebro de uma pessoa adulta continua a transformar-se. Por vezes, o impulso para que isso aconteça tem mesmo de vir do exterior; muitas vezes, são precisamente as novas experiências que modificam o nosso modo de sentir e viver o mundo. Mas o cérebro é capaz de algo mais extraordinário: ele chega ao ponto de conseguir reprogamar-se a si próprio.
Receitas para a felicidade há muitas.
Mesmo porque até hoje não há consenso quanto ao que traz mais alegria. Achados recentes - realizados por cientistas, médicos, fisiologistas, psicólogos e especialistas em comportamento - oferecem elementos que podem nortear essa busca.
BONS SENTIMENTOSA felicidade não é obra do destino, algo se abate sobre nós vindo de fora.
Enquanto a infelicidade é um dado adquirido, a felicidade, pelo contrário, requer um esforço suplementar da nossa parte. O bem-estar é a recompensa para uma acção que faz bem ao organismo Esse é o motivo pelo qual «ter sorte» não conduz a sentimentos duradouros de felicidade (ex.: Euromilhões vs amizade duradoura).
A FORÇA DO AMORUma boa relação torna as pessoas felizes. Juntamente com a frequência do sexo, essa ligação é o mais importante factor externo que determina a nossa alegria de viver.
Comprados com este, outros dados, como a situação financeira, o trabalho, a casa ou as actividades de tempo livre, tornam-se quase irrelevantes. Contudo muitas vezes despendemos muito mais tempo e energia com esses elementos secundários......Porém, tal como quase tudo o que nos faz felizes, também aqui a habituação é uma ameaça.
AMIZADE E FAMÍLIAQuem sofre de solidão ou tem dificuldade em relacionar-se com as pessoas que a rodeiam sentirá obstáculos adicionais em ter experiências felizes. As amizades e a proximidade de uma família são como o húmus que faz crescer a planta da felicidade. ...
Precisamos de saber que contamos com o apoio daqueles que nos são queridos. Só assim é possível sentirmo-nos leves e cheias de confiança.
A ROTINA PODE AJUDAROs factores positivos revelam o seu efeito sobretudo quando os pomos em prática, transformando-os em hábitos. É por isso que uma viagem a um destino paradisíaco como as Maldivas nos pode deixar eufóricas, mas a disposição normalmente dissipa-se durante o voo de regresso.
Pelo contrário,
sempre que aprendermos algo que possamos pôr em prática com regularidade e que nos dê prazer...estamos a contribuir para melhorar de forma prolongada o nosso bem-estar.UMA QUESTÃO DE DOSEO facto de não serem tantos os acontecimentos extraordinários que contribuem para a nossa felicidade... não quer dizer que devemos prescindir deles. Esses pontos altos da existência são importantes porque nos permitem antecipar a alegria, porque, na maior parte dos casos, temos de trabalhar durante mais tempo para os alcançar e nos proporcionam recordações inesquecíveis. Mas são os pequenos prazeres, as vivências menos espectaculares, que nos proporcionam experiências mais felizes. São estes que nos conseguem pôr diariamente bem-dispostas.
GARANTIR A DIVERSIDADEA felicidade vive de contrastes. ... O truque consiste em desfrutar dos prazeres num constante processo de rotação.
ENTREGAR-SE A UM TRABALHOUm estudo... mostrou que nos sentimos melhor a trabalhar do que quando estamos em casa, nos tempos livres.
Concentrarmos-nos completamente em algo pode ser tão agradável que queremos continuar a fazer sempre essa actividade. ... Além disso há a expectativa do sucesso. Quando perspectivamos um objectivo, o desafio mobiliza-nos e excita-nos.
EDUQUE OS SENTIDOSA concentração naquilo que os nossos sentidos percepcionam mantém afastados os sentimentos negativos. E isso porque o cérebro se comporta como se não suportasse o vazio. Sempre que olhamos, escutamos ou vemos de forma intensa, podemos esquecer-nos de tudo o resto, incluindo de nós próprios. ....Por isso abra mais os olhos. Em vez de apanhar um avião e tentar descobrir instantes de felicidade distantes, procure ver, ouvir, cheirar e saborear muito mais do que está habituada a fazê-lo em tudo aquilo que a rodeia...Se for uma observadora atenta, irá descobrir encantos desconhecidos nas situações banais.
A VIDA É BELA!