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... aquilo que me vai pelo pensamento ...

quarta-feira, abril 09, 2008

Que arrepio me faz...

A arrogância de crianças adolescentes, que usam a violência para conseguirem o que pretendem sem olharem a meios... ou simplesmente para apenas se exibirem perante o grupo de amigos, se é que se pode chamar "amigos"... faz-me arrepios!

É estranho, mudo logo de canal quando lá vem mais um bombardeamento da nossa C.S., sei que é passageiro este mediatismo desenfreado, mas também sei que essa violência irá continuar em maior quantidade e de formas cada vez mais graves!

Odeio sentir que falo já da nova geração do mesmo modo que falaram da minha geração "rasca", mas tem de ser, porque acuso antes de mais a minha geração da forma que educa o futuro do nosso Mundo... choca-me a forma como falam junto aos filhos de assuntos que irão influenciar a conduta dos adolescentes: sobre os professores, sobre os amigos, sobre namoradas, sobre sexualiadade, etc.. Esquecem-se que esta geração é a geração da informação rápida e acessível a todos, por isso cabe aos pais o filtro na forma como eles abordam os temas, a sua interpretação.

Espero conseguir fazer mais e melhor pelos meus filhos, mas uma certeza tenho, vou errar, mas o que não impede ou inibe de me sentir indignada com a forma arrogante, autoritária, violenta que testemunho nos filhos da minha geração, não apenas relativamente a terceiros, mas mesmo para com os próprios pais.
Esquecem-se que temos de saber dizer não, porque na vida irão ter vários "nãos", e a sua felicidade vai depender de saberem andar para a frente quando estas barreiras se erguem.
Continuo a sentir que estes pais não o fazem por maldade, mas apenas porque sentem que assim conseguem proteger os filhos de tudo e de todos... e quem os protege dos próprios pais, da sua falta de aptidão para os educar, congelando o seu futuro numa sociedade de oportunidades, mas também de ameaças, e até mesmo de injustiças.

Mais difícil do que incentivar a fortalecer a personalidade de cada um, talvez fosse melhor construir com eles uma solidariedade, uma harmonia social que cria uma sociedade muito mais justa e socialmente estável, sem negar nunca a sua individualidade.

"Todos diferentes, todos iguais!"

nota: várias vezes faço questão de olhar com reprovação para pais que permitem que os filhos lhes faltem ao respeito em público sem qualquer tipo de represálias... qualquer dia vou levar um murro, mas não consigo ficar indiferente.

1 comentário:

Anónimo disse...

Concorda veemente com o teu "post". Bem perto de mim tenho um exemplo desses, em que um Pai acha que pode dizer tudo á frente do filho e faltar ao respeito a 3ªs em frente a eles, etc, sem que consiga discrenir que está a incentivar á violência e arrogância dos seus próprios filhosa, que têm igualmente de ser respeitados para respeitarem.

A nossa geração não tem tempo para nada... (dizem eles), não educa os filhos, mas também não permite que os eduquem!!

São o reverso da educação que tiveram, supostamente severa. Agora é só liberalismos, tratam os pais como colegas da escola...

Eu também o faço como tu, olho, e muitas vezes nem é só o "acenar com a cabeça" e qualquer dia (como diz o Nuno) vou levar coça...

Todos erramos, mas há limites... é muito pouco digno o que se presencia hoje em dia.

Bj
Kel